Encontro reúne pesquisadores na sede da Academia Mineira de Letras (AML), em Belo Horizonte, para mergulho na literatura de língua portuguesa.

Entre os dias 04 e 06 de outubro, a Academia Mineira de Letras (AML) apresenta o VII Colóquio Internacional Portugueses de Papel. Em vasta programação que reúne pesquisadores da Europa e do Brasil, o encontro se debruça sobre textos da ficção em prosa brasileira que têm personagens portuguesas, incluindo obras de autores como Machado de Assis, Aluísio Azevedo, João do Rio, Jorge Amado e Monteiro Lobato (programação completa abaixo). A participação no VII Colóquio Internacional Portugueses de Papel é gratuita para ouvintes, com emissão de certificados de participação aos inscritos que acompanharem, ao menos, 70% do colóquio. Para fazer sua inscrição, clique aqui

“Embora se saiba que, desde sempre, a ficção brasileira inclui numerosas personagens portuguesas, o mais das vezes ‘emigradas’ para o território, não se encontram, até ao momento, estudos aprofundados e abrangentes sobre o assunto. Assim sendo, o Grupo de Investigação 6 do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – atual Linha de Investigação Brasil: literatura, memória e diálogos com Portugal – criou o projeto Portugueses de Papel que visava colmatar essa lacuna”, explica Vania Pinheiro Chaves, coordenadora do Projeto.

Desta vasta, coletiva e contínua pesquisa resulta a produção de um site (portuguesesdepapel.com) em que está colocado o Dicionário de personagens portuguesas da ficção brasileira, dirigido em parceria pelas Doutoras Vania Pinheiro Chaves (ULisboa), Ana Maria Lisboa de Mello (UFRJ) e Jacqueline Penjon (Sorbonne Nouvelle). Em permanente atualização, o Dicionário já publicou mais de uma centena de verbetes em que estão retratadas cerca de 500 personagens nascidas em Portugal. 

“Dedicado, inicialmente, a descobrir e a analisar as personagens do romance brasileiro que, nascidas em Portugal, transitaram temporária ou definitivamente para o Brasil, antes ou depois da sua separação do Império Colonial Português, este projeto ampliou o seu corpus para o estudo das várias espécies da prosa de ficção brasileira”, completa Vânia.

A atividade acontece no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 220355), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e trezentos médicos cooperados e colaboradores – e da Cemig.

 

PROGRAMAÇÃO VII Colóquio Internacional Portugueses de Papel

Belo Horizonte – 4 a 6 de outubro de 2023, Academia Mineira de Letras

  

4 de outubro, quarta

 

9h-9h15 – Entrega da documentação aos participantes

9h15-9h30 – Abertura: Comissão Organizadora e Presidente da Academia Mineira de Letras

9h35-10h30 – Conferência

Gracinéa I. Oliveira (UFRJ) – A sociedade mineira nos romances de Avelino Fóscolo

 

10h45-12h15 – Mesa 1

Osmar Oliva (UNIMONTES) Manoel Ambrósio: dos portugueses históricos aos portugueses de papel

Maria Lúcia Barbosa (CLEPUL) – A presença lusitana na ficção de Cleonice Rainho

Mirhiane Mendes de Abreu (UNIFESP) – Diferentes paisagens, diferentes experiências: reflexões sobre a língua e o amor em Estive em Lisboa e lembrei de você, de Luiz Ruffato

 

14h-15h30 – Mesa 2

Rosane Salomoni (CLEPUL) – Sentimentos contraditórios das personagens portuguesas em Marilia, a noiva da Inconfidência, de Orestes Rosólia

William Sampaio Lima de Sousa (UEPB) – A ladeira da saudade e a história na História: o caso Joaquim Silvério dos Reis

Ângela Laguardia (CLEPUL) – À sombra da liberdade: Marília e Dirceu em A barca dos amantes, de Antônio Barreto

 

15h50-16h50 – Mesa 3

Nancy Vieira (UFBA) – Malaventurada hora em que deixei Portugal!….

Marcia Rios (UNEB) – Paulo de Avilez, personagem português do romance O mameluco

 

5 de outubro, quinta

 

9h30-11h – Mesa 4

Marinete Luzia Francisca de Souza (UFMT) – Figuração das personagens portuguesas em A Condessa Vésper, de Aluísio Azevedo

Flávia Amparo (UFF) – Incursões do real na prosa de Machado de Assis e Aluísio Azevedo.

Franco Baptista Sandanello (AFA) – 1888: o ano da morte e da morte do Naturalismo no Brasil

 

11h15-12h15 – Mesa 5

Márcio Matiassi Cantarin (UTFPR) – Um Cândido português no Rio de Janeiro oitocentista: Aventuras de Manuel João, de Afonso Celso

Virgínia Camilotti (UNESP-Franca) – Os portugueses em A profissão de Jacques Pedreira, de João do Rio: um anti-bildungsroman

 

14h-15h30 – Mesa 6

Beatriz Weigert (CLEPUL) – Três portugueses em «Os pequeninos», de Monteiro Lobato

Hugo Lenes Menezes (IFPI) – Portugal e Alemanha em «Dona Expedita», de Monteiro Lobato

Nelma Arônia (UNEB) – O grotesco, ruiniforme e anônimo dos portugueses em Suor, de Jorge Amado

 

15h50-17h20 – Mesa 7

Zuzana Burianová (Un. Palacky-Olomouc) – Um comendador português em O resto é silêncio, de Érico Verísssimo

Simone Cristina Mendonça (UNIFESSPA) – Comerciantes portugueses em Belém do Grão-Pará, de Dalcídio Jurandir

Tereza Ramos de Carvalho (UFMT) – O papel dos portugueses em Chegou o Governador, de Bernardo Élis

 

6 de outubro, sexta

 

9h15-10h45 – Mesa 8

Maria da Conceição Oliveira Guimarães – Turbulência, corrupção e ambiguidade em Boca do Inferno, de Ana Miranda

Katrym Aline Bordinhão dos Santos (IFPR) – Influência das personagens portuguesas em Cinzas do Norte e A noite da espera, de Milton Hatoum

Vania Pinheiro Chaves (CLEPUL) – Portugueses vivos e mortos n’O último endereço de Eça de Queiroz, de Miguel Sanches Neto 

 

11h-12h30 – Mesa 9

Maria Eunice Moreira (CLEPUL) – Os portugueses em O homem que odiava Machado de Assis, de José Almeida Júnior

Maria Inês Moraes Marreco (IDEA Casa de Cultura) Um dia chegarei a Sagres: Nélida Piñon no Portugal do século XIX

Adriana Mello Guimarães (IPP/CLEPUL) – Um português em Os perigos do Imperador, de Ruy Castro

 

14h-15h30 – Mesa 10

Andrea Hossne – Portugueses na torre de babel dos romances de Joca Reiners Terron

Marta Rodrigues (CLEPUL) – A presença portuguesa em Se eu fechar os olhos agora e Vidas provisórias, de Edney Silvestre

José António de Abreu (CLEPUL) – José Guilherme Vereza, O jardim dos anjos

16h-16h55 – Conferência

Marilene Weinhardt (UFPR/CNPq) – Romance histórico: tradição e renovação 

 

17h00-17h30 – Encerramento

 

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Cemig: a energia da cultura 

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo de sua história, a empresa reforça o seu compromisso em apoiar as expressões artísticas existentes no estado, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro. 

Os projetos patrocinados pela Cemig, por meio da Lei Estadual e/ou Federal de Incentivo à Cultura, têm por objetivo beneficiar o maior número de pessoas, nas diferentes regiões do estado, promovendo a democratização do acesso às práticas artísticas. Assim, investir, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a sua energia. 

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