Após dezoito anos de interrupção, reaparece agora a Revista da Academia Mineira de Letras. Deveu-se a sua publicação, de 1924 a 1935, em volumes de 250 a 300 páginas, aos esforços dos acadêmicos Mário de Lima, Carlos Góis, Noraldino Lima e Aníbal Matos e também ao amparo oficial, que então não nos faltou.
Sem o favor do Govêrno do Estado, que autorizava a sua impressão nas oficinas da Imprensa Oficial, não nos teria sido possível estampá-la, mesmo de ano a ano, como aconteceu, à exceção de 1933, quando sairam três volumes, e 1934, em que sairam quatro. Os parcos recursos materiais da Academia eram insuficientes, e o são ainda, para lhe custear a impressão.
Em 1929 e 1930 não apareceu; mas, do ano seguinte a 1935, durante as gestões do acadêmico Aníbal Matos e mercê do interêsse que lhe dispensou o acadêmico Noraldino Lima, então Secretário da Educação, publicaram-se dez volumes, até o XVI, inclusive, último daquela fase.
Circunstâncias diversas, entre as quais a pobreza da Academia e a falta do bafejo dos poderes públicos, motivaram a interrupção e o longo hiato a que nos referimos.
Não podia porém a Academia continuar por mais tempo sem a Revista, órgão indispensável às suas finalidades de instituição polarizadora da atividade intelectual em Minas. Restabelecendo-lhe, enfim, a publicação com o presente volume, queremos, e devemos, deixar aqui consignado nosso agradecimento ao decidido apoio que o Exmo. Sr. Governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, atento sempre às manifestações do espírito, deu à consequência dêste tentame.
Esperamos que doravante as edições da Revista se sucedam com a desejada regularidade e correspondam ao prestígio e à simpatia de que goza a Academia Mineira nos centros intelectuais do país.