Gratuita, palestra mergulha na obra do ex-presidente de Angola Agostinho Neto, que também é um dos mais importantes poetas, ensaístas e intelectuais africanos do século XX. Atividade integra o ciclo Direito e Literatura da AML. 

No dia 05 de outubro, quinta, às 19h30, a Academia Mineira de Letras (AML) tem a honra de receber, dentro da programação do Ciclo Direito e Literatura, o professor Anelito de Oliveira para a palestra “Do direito a ser africano: Agostinho Neto e a poética da liberdade”. Nesta oportunidade, ele irá explorar questões como direito, literatura, colonialismo e liberdade a partir da obra de Agostinho Neto, libertador de Angola e um dos principais líderes políticos do século XX. A palestra tem acessibilidade em Libras e entrada gratuita.

“A afirmação de um ser africano, titular de direitos, é passo fundamental para se alcançar a liberdade, que, assim, demanda a ação revolucionária. À medida que figura essa ação, a poesia configura uma perspectiva do justo histórico que se opõe à perspectiva do direito filosófico. Esta é precisamente a questão a ser explorada pela conferência”, explica o professor. 

Agostinho Neto (1922/1979) é um dos principais líderes políticos do século XX e liderou a luta revolucionária pela libertação de Angola do colonialismo português, concretizada em 1975. Exerceu a escrita literária objetivamente nas décadas de 1940 e 1950 e está situado, no processo literário angolano, na chamada segunda Geração Nacionalista, que tem como marcos o Movimento “Vamos descobrir Angola” e a Revista “Mensagem”. 

“Há uma gama considerável de trabalhos acadêmicos sobre sua obra que, infelizmente, não tem se traduzido no seu reconhecimento como referência para o enfrentamento de questões cruciais do século XXI, como o racismo, o imperialismo e a crise da democracia liberal”, completa.

Anelito de Oliveira nasceu em 1970 em Bocaiúva, Minas Gerais. É Doutor em Literatura Brasileira pela USP e Pós-Doutor em Teoria Literária pela Unicamp. Realizou visitas de pesquisa pós-doutoral nas Universidades do Porto, Nova de Lisboa, Salamanca, Lisboa e Minho. Nestas instituições e nas Universidades de Évora, Coimbra e Católica do Minho, realizou conferências e ministrou aulas especiais. Atualmente, está ligado à UFMG na condição de Professor Visitante de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, onde coordena, no Canal Literafro no YouTube, o projeto Banja: encontros com as literaturas africanas de língua portuguesa. 

Com curadoria do professor Fernando Armando Ribeiro, a atividade integra o Ciclo Direito e Literatura e acontece no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 220355), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e trezentos médicos cooperados e colaboradores – e da Cemig.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Cemig: a energia da cultura 

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo de sua história, a empresa reforça o seu compromisso em apoiar as expressões artísticas existentes no estado, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro. 

Os projetos patrocinados pela Cemig, por meio da Lei Estadual e/ou Federal de Incentivo à Cultura, têm por objetivo beneficiar o maior número de pessoas, nas diferentes regiões do estado, promovendo a democratização do acesso às práticas artísticas. Assim, investir, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a sua energia. 

****