Número 67 Ano 91 Outubro/Dezembro 2013

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A Comissão da Revista da AML apresenta este número da publicação ainda sob o impacto do falecimento do confrade José Bento Teixeira de Salles, que vinha desempenhando o cargo de Secretário Executivo e editor, com rara eficiência, graças ao bom gosto, amplo conhecimento e enorme círculo de relações. A tal ponto que pôde garantir, dada a sua tenacidade, as edições da Revista sem quebra da regularidade, ao contrário de outros órgãos literários congêneres.

A Comissão vai se empenhar em manter vivo o exemplo do incomparável José Bento Teixeira de Salles. O presente número, dentro do espírito da publicação, reverencia a história e a cultura de Minas Gerais. Nas páginas de Paulo Roberto Pereira evoca-se o poema O Uruguai de J. Basílio da Gama. Angelo Oswaldo de Araújo Santos homenageia duas personalidades que se entregaram à defesa do patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais. Manoel Hygino dos Santos, Carmen Schneider Guimarães, Fábio Proença Doyle, José Fernandes Filho e Gérson Cunha cuidam respectivamente de José Bento, Soares da Cunha, Anita Sulenti Uxa e de Paulo Neves de Carvalho. Portanto, de acadêmicos falecidos e de uma animadora das Letras em Belo Horizonte (Anita Uxa).

No setor de comentários de livros, a Revista contém colaboração de Yeda Prates Bernis (refere-se às memórias de Beatriz Borges da Costa Martins); Carmen Schneider Guimarães estuda a obra Caros Autores; Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, Mário Quintana e Jorge Amado, de Fábio Lucas; Angelo Oswaldo de Araújo Santos escreve sobre a poesia de Anelito de Oliveira.

Regina Almeida traça o perfil da cidade de Mariana e expõe seus pioneirismos no quadro cultural e histórico de Minas e do Brasil. Elizabeth Rennó trata das riquezas paisagísticas e arqueológicas de Chichén Itzá. Carmen Schneider Guimarães revisita o extraordinário território de criação literária de Guimarães Rosa. Tema também contemplado por Napoleão Valadares, que, a partir de homenagem prestada pela Associação de Urucuanos, de Brasília, lança os olhos para o tio do escritor, Vicente Guimarães (o Vovò Felício das crianças), seu filho (Vicente Guimarães Júnior) e outra figura, Francisco Guimarães Moreira (Chico Moreira). Fábio Lucas oferece notas sobre a escrita e a leitura.

Seguem-se trabalhos criativos de Yeda Prates Bernis (Canastra), Mirtes Licínio (Cheiro Verde), Zanoni Neves (Canto de Amor ao *Benjamin). E o ensaio de J. Guimarães Alves: Arte e Realidade. Na parte dedicada ao teatro, incluímos entrevista com ítalo Mudado, conduzida por Jota Dangelo. No setor de Artes Plásticas, Carlos Perktold aborda Mário Zavaglia, “mestre aquarelista”. Finalizam a Revista as colaborações do acadêmico Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho e do acadêmico Pe. José Carlos Brandi Aleixo, S.J., que enfatizam o papa Francisco. Intertextualidade e pluralismo continuam, portanto, a distinguir a publicação, centrada na cultura e nas artes de Minas Gerais. O conjunto se abre com as palavras do presidente Olavo Romano.

Fabio Lucas pela comissão.