Professor de Teoria da Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Nabil Araújo aborda o tema “Da História da Ciência à História da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários”, baseado em seu novo livro Além do paradigma (Sobre o legado de Thomas Kuhn).

No dia 3 de julho, segunda, a partir das 19h30, o público se encontra com o professor Nabil Araújo na Academia Mineira de Letras para a conferência “Da História da Ciência à História da Crítica: Paradigmas nos Estudos Literários”. A proposta é debater a relação entre os paradigmas nas ciências e nos estudos literários, tomando como base a discussão internacional sobre o famoso livro A estrutura das revoluções científicas, publicado pelo norte-americano Thomas Kuhn nos anos 1960. Este é o tema do mais recente livro de Nabil Araújo, Além do paradigma (Sobre o legado de Thomas Kuhn), que será lançado em Belo Horizonte por ocasião do evento, com venda de exemplares no local. O evento tem mediação de Rafael  Silva. A entrada é gratuita.

O evento acontece no âmbito do Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 220355), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e trezentos médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG.

Em sua obra clássica A estrutura das revoluções científicas, que data de 1962, Kuhn oferece uma visão revolucionária sobre o progresso científico ao questionar a ideia tradicional de uma ciência cumulativa e linear. Para o autor, as revoluções científicas ocorrem quando um novo paradigma desafia e substitui o antigo, levando a uma transformação radical nos fundamentos e nas práticas científicas. Ao desafiar a visão positivista da ciência, Kuhn influencia profundamente a filosofia e a história da ciência, destacando a importância da mudança de paradigmas na evolução do conhecimento científico. 

Em pouco mais de três décadas, A estrutura das revoluções científicas já tinha um milhão de cópias vendidas, tradução em 20 idiomas, tornando-se a obra mais citada nas ciências sociais do século XXI. Na conferência, Nabil Araújo irá propor um debate em torno da questão “Qual é o legado de Thomas Kuhn?”. Segundo o professor, a proposta é discutir a obra clássica do teórico norte-americano, em diálogo com dois outros textos: Os universos da crítica: paradigmas nos estudos literários (1982), de Eduardo Prado Coelho, e “O legado de Thomas Kuhn: o texto certo na hora certa” (2000), de Clifford Geertz. “Entre outros pontos, proponho um mergulho na vasta controvérsia em torno do sentido e dos desdobramentos da inflexão conceitual da palavra ‘paradigma’ promovida por Kuhn, bem como em torno da aplicação do conceito de paradigma ao domínio dos estudos literários”, diz Nabil Araújo.  

Sobre o palestrante

Nabil Araújo é doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio pós-doutoral na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professor de Teoria da Literatura na graduação e na pós-graduação em Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). É autor de Além do paradigma (Sobre o legado de Thomas Kuhn) (EDUERJ, 2022), Teoria da Literatura e História da Crítica: momentos decisivos (EDUERJ, 2020) e O evento comparatista: da morte da literatura comparada ao nascimento da crítica (EDUEL, 2019). 

Mediador

Rafael Silva é estudioso da área de Letras, com bacharelado em Grego Antigo e licenciatura em Português-Francês pela Faculdade de Letras (UFMG), além de mestrado e doutorado pela mesma instituição. Seus interesses vão da Literatura à Filosofia e à História (Antigas e Contemporâneas), além de teoria e prática da Tradução e Educação. Tem diversos trabalhos sobre os temas de suas áreas de interesse, incluindo o livro Origens do drama clássico na Grécia antiga (Edições Loyola, 2022). Mantém um trabalho de divulgação científica nas redes sociais, com aulas e cursos disponibilizados pelo canal do YouTube “Rafael Silva Letras”.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.  

Cemig: a energia da cultura 

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo dos seus 70 anos de fundação, a empresa investe e apoia as expressões artísticas existentes no estado, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade.   

Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística e cultural no estado, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo minero. Os projetos incentivados pela Cemig objetivam chegar nas diferentes regiões do estado, beneficiando um maior número de pessoas e promovendo a democratização do acesso às práticas culturais. Assim, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete e reforça o compromisso e o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a nossa energia.