Nascido em Belo Horizonte no dia 14 de setembro de 1960, Ricardo Aleixo é poeta, escritor, músico, artista intermídia e pesquisador de Literaturas, outras artes e mídias. Suas obras mesclam poesia, prosa ficcional, memorialística, filosofia, etnopoética, antropologia, história, música, radioarte, artes visuais, vídeo, dança, teatro, performance e estudos urbanos.
Recebeu da UFMG, em 2021, na sequência da apresentação do memorial artístico e intelectual a diferentes instâncias examinadoras instauradas pela instituição, o título de Notório Saber em Letras: Literatura, equivalente ao grau de doutor.
Já fez performances em quase todos os estados brasileiros e nos seguintes países: Argentina, Alemanha, Portugal, EUA, Espanha, México, França, Suíça e Angola.
Apresentou, na 35a Bienal de SP, em 2023, o Ciclo de performances DENDORÍ.
Foi artista visitante na Boston University (Boston/EUA, 2023), na University of California (Berkeley/EUA, 2022) e na University of Zurich (Zurique/Suíça, 2017 e 2018).
Atualmente, atua como professor visitante no Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura do Instituto de Letras da UFBA, em Salvador, e, a partir de setembro do ano em curso, assumirá o cargo de professor visitante do departamento de Performance Studies da New York University.
É co-curador de uma mostra – ora em elaboração – sobre a família Souza, originária de Bocaiúva, que legou à cultura brasileira os talentos dos irmãos Herbert (Betinho), Henfil e Francisco Mário.
Participa da mostra permanente Rua da Língua, aberta, em 2021, no Museu da Língua Portuguesa/SP, com uma instalação intermídia (s/ título) roteirizada e dirigida por José Miguel Wisnik.
Publicou 20 livros, dentre os quais se destacam Diário da encruza (LIRA/Segundo Selo, 2022 – finalista do Prêmio Oceanos 2023), Sonhei com o anjo da guarda o resto da noite – Memórias (2022, Todavia), Campo Alegre (2022, Conceito Editorial, Col. BH – A cidade de cada um), Extraquadro (LIRA/Impressões de Minas, 2021 – finalista do Prêmio Jabuti 2022), Pesado demais para a ventania (2018, Todavia), Antiboi (LIRA/Crisálida, 2017, finalista do Prêmio Oceanos 2018) e Ricardo Aleixo, (2017, Azougue Editorial, Col. Encontros).
Conquistou, em 2023, os prêmios Mestras e Mestres das Artes (na categoria Artes Integradas) e Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade, outorgados, respectivamente, pela Funarte e por Universidade Cândido Mendes/Centro Alceu Amoroso Lima Para a Liberdade. Em 2010, com o livro – inédito – Poemas Para Viver Em Voz Alta, conquistou o Prêmio Literatura Para Todos, na categoria Poesia. Como compositor, recebeu, em 2000, o Prêmio Bonsucesso, pela trilha sonora do espetáculo de dança Quilombos Urbanos, da Cia. SeráQuê?.
Recebeu, em 2009, a Bolsa Petrobras Cultural, cujos recursos viabilizaram a escrita e a publicação do livro Modelos vivos (Crisálida, 2010) e, em 2004, a Bolsa Para Obras em Fase de Conclusão, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional, com o volume de ensaios – ainda inédito – Palavras a Olhos Vendo.
Foi finalista dos prêmios Oceanos 2023, com o livro Diário da encruza (LIRA/Segundo Selo), Jabuti 2022, com Extraquadro (LIRA/Impressões de Minas, 2021), Oceanos 2018, com Antiboi (LIRA/Crisálida, 2017) e Jabuti 2011 e Portugal Telecom 2011, com Modelos vivos (Crisálida, 2010).
Tem poemas e ensaios publicados em diversas revistas literárias e nos cadernos culturais dos principais jornais brasileiros.
Participa de inúmeras antologias e coletâneas de poesia brasileira contemporâneas publicadas em países como EUA, Argentina, México, Suíça, França, Irlanda, Portugal, Bélgica e País de Gales.
No campo do jornalismo cultural, colaborou com todos os jornais de Belo Horizonte, manteve coluna semanal no caderno Magazine do jornal O Tempo, entre 1996 e 2002 e apresentou, entre 2016 e 2021, a coluna Poesia&, na Rádio Inconfidência. Como editor, concebeu e coordenou o projeto editorial da Editora Scriptum (2001- 2004), responde, desde 2008, pelas publicações do selo LIRA / Laboratório Interartes Ricardo Aleixo, concebeu e coordenou o tabloide Áfricas Gerais (no âmbito da primeira edição do Festival de Arte Negra, promovido, em 1995, pela Secretaria Municipal de Cultura) e a revista Roda – Arte e Cultura do Atlântico Negro (as 5 primeiras das 6 edições da publicação foram produzidas com recursos da terceira e da quarta edições do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte).
Foi curador de diversos eventos artísticos e culturais, como FAN/Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (edições de 1995, 2003, 2005/6, 2011/12 e 2013), Bienal Internacional de Poesia de Belo Horizonte (1998), ZIP/Zona de Invenção Poesia & (2004, 2005, 2008, 2011 e 2018) e Ludopédio (1998).