O escritor, cineasta e compositor, que ocupará a cadeira nº 02 da AML, recebeu, entre outros prêmios literários, o Prêmio Biblioteca Nacional, Prêmio Minas de Cultura e, por duas vezes, o Prêmio Cidade de Belo Horizonte; O novo acadêmico já foi finalista do Prêmio Jabuti
Na tarde desta segunda-feira, 16 de junho, a Academia Mineira de Letras elegeu o novo integrante João Batista Melo – escritor, cineasta e compositor, que ocupará a cadeira de nº 02, na Academia Mineira de Letras. Segundo a comissão de apuração da AML, formada pelos acadêmicos Rogério Faria Tavares e Carlos Herculano Lopes, em sessão presidida pelo presidente Jacyntho Lins Brandão, o escritor disputou com outros 15 candidatos e foi eleito com 32 votos – dos 33 votantes. A cadeira 02 foi fundada por Aldo Delphino dos Santos Ferreira Lobo e tem como patrono Arthur França. Foi ocupada por José Oswaldo de Araújo e Oswaldo Soares da Cunha, e mais recentemente, por Benito Barreto, falecido este ano.
O presidente da Academia Mineira de Letras, Jacyntho Lins Brandão, dá as boas-vindas ao novo acadêmico: “é com alegria que a Academia Mineira de Letras recebe seu novo integrante, João Batista Melo, na sucessão do saudoso Benito Barreto. João Batista tem uma produção literária cheia de talento, além de incursionar também pela música e o cinema, tendo recebido prêmios importantes. A tudo isso se acrescenta ser um amigo e frequentador assíduo da AML, a qual sem dúvida enriquece com suas qualificações”.
Ainda sobre a chegada de João Batista Melo, o acadêmico Antenor Pimenta (cadeira 14) é só elogios. “Eu conheço o João Batista Melo há 41 anos. O primeiro livro dele que eu li foi O Inventor de Estrelas, que me tocou profundamente. Depois eu li As Baleias do Saguenay, Patagônia e, por último, O Veludo das Lagartas Verdes, um livro de sensibilidade extraordinária, assim como o próprio João. O texto dele é impecável, as frases são mágicas. Ele é um menino que teve uma influência muito grande, tanto do Cortázar, do Bois, do realismo mágico, e do Murilo Rubião, inclusive”, afirma Antenor Pimenta. O ocupante da cadeira 14 ainda acrescenta que com a chegada de João Batista Melo a AML vai ganhar em conteúdo e em substância, pela qualidade da obra do novo acadêmico: “eu aproveito para parabenizar o presidente e todos os outros confrades por essa feliz escolha de João Batista Melo como o novo imortal da Academia Mineira de Letras. Tenho muito orgulho, além de tudo, de ser amigo do João e de ter lido alguns livros em primeira mão, como foi o caso de Patagônia”, conta Antenor Pimenta.
SOBRE JOÃO BATISTA MELO
João Batista Melo nasceu em Belo Horizonte (MG), em 20 de junho de 1960. É mestre em Multimeios pela Unicamp (2004), com a dissertação “A Tela Angelical – Infância e Cinema Infantil”, a primeira sobre o tema defendida em uma universidade brasileira. É também especialista em Marketing pela UNA (1990) e graduado em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela UFMG (1980). Como escritor, João Batista Melo tem uma extensa e premiada produção literária. É autor do romance O veludo das lagartas verdes (Faria e Silva/Alta Books, 2024) e de Malditas fronteiras (Benvirá/Saraiva, 2014), vencedor do Prêmio Cidade de Belo Horizonte (Fundação Municipal de Cultura). Publicou ainda os livros de contos Descobrimentos (Devir, 2011), O colecionador de sombras (Record, 2008), Um pouco mais de swing (Rocco, 1999), vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional, As baleias do Saguenay (Rocco, 1994 / Moinhos, 2019), ganhador do Prêmio Paraná e do Prêmio Cidade de Belo Horizonte, e O inventor de estrelas (Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1991 / Editora Lê, 1992), que recebeu o Prêmio Minas de Cultura e o Prêmio Guimarães Rosa. Também é autor dos romances Patagônia (Rocco, 1998), premiado com o Cruz e Sousa de Romance (Fundação Catarinense de Cultura), e do ensaio Lanterna mágica: infância e cinema infantil (Civilização Brasileira, 2011), finalista do Prêmio Jabuti. Seus contos e textos literários foram publicados em diversas antologias e veículos nacionais e internacionais, como Cuarenta Naipes (Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina), Contágios – Contos & Crônicas (Portugal), Micros-Beagá (Pangeia, 2021), Contos Imediatos (Terracota, 2009), Contos da favela (Geração Editorial/Globo, 2007), Geração 90: Manuscritos de computador (Boitempo, 2001), além de jornais como Folha de S.Paulo e O Globo. Participou também da antologia Des nouvelles du Brésil, publicada pela Editions Métailié (Paris, 1998). No campo audiovisual, escreveu, produziu e dirigiu o curta-metragem de ficção Sozinha com sua alma (2022), premiado como “Best Drama” e indicado às categorias “Best Foreign Film” e “Best Director”, no Short Film Festival (2023), em Orlando (EUA). Seus filmes de curta-metragem foram selecionados para festivais no Brasil e no exterior, tendo o filme infantil “Tampinha” recebido o prêmio de melhor curta de ficção no Festival Divercine, no Uruguai. Compositor, é autor de temas dos curtas “A janela” e “Um ano novo danado de bom”. João Batista Melo é Vice-Presidente da Associação Brasileira de Compositores para o Audiovisual – Musimagem Brasil e Membro da Associação Brasileira de Roteiristas – ABRA.
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