ARTISTA LANÇA TAMBÉM O FILME “OURO PRETO – OLHAR POÉTICO”
Nesta sexta-feira, 6 de maio, às 20h, o novo acadêmico da AML Carlos Bracher será empossado e vai ocupar a cadeira de nº 32, em sucessão à ocupada anteriormente pelo imortal Almir de Oliveira. Na ocasião, Bracher será saudado pelo acadêmico e Secretário de Estado da Cultura, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos. O ingresso ao evento será mediante convite.
O Presidente da Instituição, Olavo Romano, conduz o evento, no qual também será lançado o filme “Ouro Preto – Olhar Poético”, com direção da jornalista Blima Bracher, baseado no livro homônimo do novo membro da Academia.
Além de artista plástico, ou simplesmente “pintor”, como gosta de ser chamado, Bracher desenvolve uma obra literária correlata, desde a sua juventude: “Nas minhas perquirições em relação à criação, desde meu início eu me vi diante de dois claros caminhos ̶ o das cores e o das palavras. E nestes 60 anos de dedicação às artes, tenho me inserido complexamente nesses dois mundos, ora acentuando um lado, ora o outro. Em realidade eu percebo que há uma interação entre esses dois universos, donde debruço minhas perplexidades diante do mundo e da vida. São dois cânticos a pulsar, como uma espécie de chamamento em busca de minha própria alma”, diz.
Publicados, Carlos Bracher tem dois livros: “Bracher – Brasília”, 2007, da Editora Rona; e “Ouro Preto – Olhar Poético”, 2010, da Editora Le Graphar, ambos com textos e ilustrações de sua autoria.
O autor também fez o texto sobre Minas Gerais no livro “Brasil. Gente e lugares, palavras e imagens”, editado pela Confederação Nacional das Indústrias, 2011; e prefaciou o livro “História, arte e sonho na formação de Minas”, de Mauro Werkema, 2009.
SOBRE O ARTISTA
Aos 75 anos, Carlos Bracher, mineiro de Juiz de Fora é o artista brasileiro que mais expôs no exterior, em galerias e museus de Paris, Roma, Milão, Moscou, Japão, China, Londres, Rotterdam, Haia, Madri, Lisboa, Montevidéu, Santiago do Chile, Bogotá e Kingston. Sobre seu trabalho já foram publicados sete livros e realizados dezenas de filmes e documentários.
Na década de 90 iniciou uma sequência de “Séries Temáticas”, como a “Homenagem à Van Gogh”, com 100 telas pintadas no centenário de morte do artista. Em 1992 lança seu olhar ao mundo industrial, pintando a série Do Ouro ao Aço, sobre a siderurgia em Minas Gerais.
Na “Série Brasília”, de 2007, faz homenagem a Juscelino Kubistchek. Em 2012, realiza a Série Petrobras, imprimindo visão artística ao mundo industrial do petróleo. Em 2014, data dos 200 anos da morte de Aleijadinho, realizou a série “Bracher: Tributo a Aleijadinho” que faz uma releitura contemporânea sobre a obra do grande mestre do Barroco. Atualmente uma retrospectiva com 50 quadros, produzidos entre 1961 a 2006, percorre diversas cidades europeias.
Entre 2014 e 2015, Bracher ocupou os Centros Culturais Banco do Brasil de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de janeiro e Brasília, além do Centro Cultural Usiminas com a mostra “Bracher: Pintura & Permanência”, sob a curadoria de Olívio Tavares de Araújo. A exposição ganhou o prêmio de Destaque Especial como a melhor do ano, pela Associação Brasileira de Críticos de Arte e foi vista por 455 mil pessoas.
SOBRE O FILME
Baseado no livro homônimo de Carlos Bracher, o filme “Ouro Preto − Olhar Poético” é um documentário de média metragem (30 min) que convida o espectador a conhecer as belezas e mistérios de Ouro Preto sob a ótica artística de Bracher.
O filme tem três segmentos: A Opulência Barroca; O Renascimento e Roteiro Poético. Quem assina o roteiro e a direção é a jornalista Blima Bracher. O documentário foi realizado via Lei Rouanet, com patrocínio da Vale, Alupar e Taesa . A realização é de Sirius Cultura, via Lei Nacional de Incentivo à Cultura.
Foto: Ricardo Correia de Araújo