A Academia Mineira de Letras lamenta a morte de Paulo Tarso Flecha de Lima, ocorrida nesta segunda-feira (12). O embaixador era o quarto sucessor da cadeira de número 13 da casa, cujo patrono foi Xavier da Veiga e o fundador Carmo Gama, também já ocupada por Godofredo Rangel, Antônio Moraes e João Franzen de Lima.
“Paulo Tarso foi uma das personalidades mais importantes da diplomacia brasileira no século vinte. Deixa um legado inestimável de excelência e rigor. Notável pela inteligência, pela cultura e pela sofisticação, já tem seu nome inscrito na história da política externa brasileira. Fará muita falta.”, comenta o presidente da AML, Rogério Faria Tavares.
O velório e o sepultamento serão restritos a familiares.
Sobre Paulo Tarso Flecha de Lima
Paulo Tarso Flecha de Lima era bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. Diplomata de carreira, foi oficial do Gabinete do Presidente da República, entre 1956/1960; chefe do Gabinete do Governo Provisório do Estado da Guanabara, em 1960; professor de Promoção Comercial do Curso de Preparação à Carreira de Diplomata (CPCD), Instituto Rio Branco (IRBr), em 1971; professor do Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (CAD), Instituto Rio Branco (IBRr), entre 1971 e 75; Presidente da Fundação Visconde de Cabo Frio, entre 1974 e 1989 e Conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1980 e 1986.
Foi também representante do Ministério das Relações Exteriores no Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), 1971/1985; membro da Junta Diretiva da Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME), 1980/83; representante do Ministério das Relações Exteriores na Comissão Marítima Nacional, 1985/1987; membro do Conselho Diretor da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), 1985/1988; presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), 1987/1989; e membro do Conselho de Administração da Associação das Pioneiras Sociais (SARAH) 1989/1995.
Enquanto esteve na Secretaria de Estado das relações exteriores, foi chefe da Divisão da Associação Latino-Americana de Livre Comércio, 1966/68; Secretário-Geral-Adjunto, interino, para Promoção Comercial, 1971/72; Secretário-Geral-Adjunto para Promoção Comercial, 1972/73; Chefe do Departamento de Promoção Comercial, 1973/84; Subsecretário-Geral de Assuntos Econômicos e Comerciais, 1984/85; Secretário-Geral das Relações Exteriores, 1985/1989; e Ministro de Estado, interino, das Relações Exteriores, em várias ocasiões, no período de 1985 a 1989.
Fora do Brasil, foi Segundo Secretário e Encarregado de Negócios em Roma, de 1961/62. Em Montevidéu, foi Segundo Secretário da ALALC, 1962/64. Foi embaixador de Brasil nos Inglaterra, Estados Unidos e Itália, onde aposentou-se em 2001. Em sua trajetória, publicou diversos livros e artigos.