A Academia Mineira de Letras levanta uma importante reflexão na palestra “O Movimento Modernista e a proteção do Patrimônio Cultural”. A escritora e professora Liana Portilho, pesquisadora na área, compartilha seus estudos que mostram um outro papel do Modernismo Brasileiro. O público pode conferir o vídeo a partir das 11h do dia 29 de novembro, no canal de YouTube da AML.

O evento acontece no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML (PRONAC 203709), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e duzentos médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG. Copatrocínio da Tambasa.

Em 2022 complementam-se 100 anos da Semana de Arte Moderna ocorrida em 1922, em São Paulo. Marco inaugural do movimento propulsor de manifestações artísticas vanguardistas, que rompiam com o paradigma parnasiano da época, a Semana de 1922 produziu impactos não apenas no campo literário, como também no campo da proteção do patrimônio cultural e também do direito à cultura de uma forma mais ampla.

Mario de Andrade foi intelectual síntese desse amplo espectro de rupturas e construções inovadoras, que deixaram um legado tão importante quanto polêmico ao longo das décadas que o sucederam no século passado até os dias atuais.

A autora pesquisou a influência do movimento modernista no campo da preservação do patrimônio cultural e do direito, a partir da noção de coisa literária presente na obra de Shoshana Felmann. A partir daí, concebeu tese defendida em doutorado no sentido de que a coisa literária do patrimônio cultural, identificada em 1922, produziu efeitos na concepção da coisa jurídica do patrimônio cultural e, finalmente, na coisa social contida na noção de uma função social do patrimônio.

O trabalho da autora, publicado em 2019, pela Editora Letramento, sob o título “Patrimônio Cultural e Movimento Modernista: a coisa literária como fonte da norma jurídica”, evidencia a indissociável imbricação entre o agir social, aí compreendidas as criações artísticas e a produção da norma jurídica, que se mostra mais cultural que nunca, levando a uma abordagem nova entre Direito e Literatura.

Sobre a palestrante

Liana Portilho é Doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais; Mestre em Direito da Cidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Especialista em Análise Urbana pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais; Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais.

Exerce as funções de Procuradora do Estado de Minas Gerais, Professora e Advogada especialista em Direito Urbanístico e Ambiental.

Na administração pública, exerceu, entre outras, as funções de Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG; Subsecretária de Estado de Ensino Superior da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; e Chefe de Gabinete da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais.

Tem diversas publicações na área do Direito Urbanístico, entre os quais, “Estatuto da Cidade Comentado“ (Mandamentos, 2002); “Função Social da Propriedade à luz do Estatuto da Cidade“ (Temas & Idéias, 2003); “Nova Ordem Jurídico-Urbanística: Função Social da Propriedade na Prática dos Tribunais“ (Lumen Juris, 2006); “Patrimônio Cultural e Movimento Modernista: a coisa literária como fonte da norma jurídica“ (Letramento, 2019); e, mais recentemente, publicou a prosa poética “Livro das Curiosidades e Livro das Obviedades”, também pela editora Letramento, em 2021.

SERVIÇO:

Academia Mineira de Letras

Palestra online “O Movimento Modernista e a proteção do Patrimônio Cultural”, com Liana Portilho

Data: a partir de 29 de novembro, às 11h

Acesso: Youtube.com/c/AcademiaMineiraDeLetras

Participação  gratuita

Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br  e saiba mais.

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