A Academia Mineira de Letras, em parceria com o Instituto Pedro Moraleida Bernardes, o Viaduto das Artes e o Grupo Oficcina Multimedia, dá sequência à programação de debates iniciada em setembro, marcando os 25 anos da morte do artista mineiro Pedro Moraleida.  Num total de sete mesas previstas até julho de 2025, os debates  reunirão alguns dos mais conhecidos artistas, críticos e curadores do País e de MG, em importantes discussões sobre o atual estado e estatuto das artes visuais, e suas perspectivas futuras.

O próximo encontro será no dia 20 de novembro, às 19h30, com a participação de Jochen Volz, historiador de arte, Diretor Geral da Pinacoteca de São Paulo, ex-Diretor Artístico do Instituto Inhotim e curador de diversas Bienais Internacionais de Arte,  e do artista plástico e  crítico de arte Marcos Hill, doutor em Artes e professor da EBA/UFMG, curador de vários projetos e criador do CEIA – Centro de Experimentação e Informação de Arte em Belo Horizonte; a coordenação da mesa será de Nilcéa Moraleida, cientista política, professora aposentada da UFMG e pós graduada em Artes Plásticas e Contemporaneidade pela Escola Guignard.

Segundo Jochen Volz “…a arte é obcecada por inventar signos para fenômenos ou coisas que ainda não nomeamos. A arte está fundamentada na imaginação, e somente por meio da imaginação seremos capazes de vislumbrar outras narrativas para o nosso passado e novas maneiras de seguir em direção ao futuro.” Já Marcos Hill nos diz que “…na atualidade em que vivemos, distinguir diretrizes objetivas que motivam e/ou justificam o fazer artístico torna-se tarefa quase impossível, observando o grau de liquefação imposto pelo capitalismo tardio a todas as atividades humanas transformadas em moeda de troca por um sistema que, de modo insano, supervaloriza o lucro em detrimento da própria vida!”

Com entrada gratuita, o evento acontece no âmbito do projeto “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura que tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

SOBRE OS PALESTRANTES

JOCHEN VOLZ

é Diretor Geral da Pinacoteca de São Paulo. Foi curador do Pavilhão Brasileiro na 53ª Biennale di Venezia em 2017 e curador da 32ª Bienal de São Paulo em 2016. Foi Coordenador de Programação da Serpentine Galleries, em Londres (2012 a 2015), Diretor Artístico do Instituto Inhotim, Minas Gerais (2005 a 2012), e curador do Portikus, em Frankfurt, Alemanha (2001 a 2004). Foi co-curador da exposição internacional da 53ª Bienal de Veneza (2009) e da 1ª Trienal de Aichi, em Nagoya, Japão (2010), além de curador convidado da 27ª Bienal de São Paulo (2006), entre outras colaborações em exposições de escala internacional. Possui mestrado em história da arte, comunicação e pedagogia pela Universidade Humboldt de Berlim (1998). Vive em São Paulo.

MARCOS HILL

Rio de Janeiro, 1956. Com formação universitária na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ – 1985), trabalhou como conservador-restaurador junto ao patrimônio colonial mineiro (obra de restauração da Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto – 1987), após conclusão do curso de especialização lato sensu em Conservação/Restauração de Bens Culturais Móveis do CECOR-UFMG (1986). Concluiu Mestrado em História da Arte pelo Instituto de Arqueologia e História da Arte da Universidade Católica de Louvain (Bélgica – 1990). É doutor em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG (2008). É pós-doutor em Arte, Línguas Modernas e Literatura pelo Department of Modern Languages and Literature da Universidade de Miami (2015).

Foi professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Escola de Belas Artes (UFMG) por 25 anos. Participou como curador do Projeto Rumos Visuais 1999-2000, promovido pelo Instituto Itaú Cultural de São Paulo; da mostra Fiat Mostra Brasil, promovida pela Casa Fiat de Cultura (2006); e das duas primeiras edições (2007 e 2008) do Projeto Bolsa Produção para Artes Visuais, promovido pela Fundação Cultural de Curitiba. No CEIA – Centro de Experimentação e Informação de Arte, iniciativa de artistas criada em 2001, em Belo Horizonte, desempenhou os papéis de fundador, coordenador, curador e editor entre 2001 e 2013. Atua como artista plástico, crítico de arte e curador independente na cidade de Belo Horizonte.

NILCÉA MORALEIDA BERNARDES

É cientista política (UFMG, 1974), Mestre em Sociologia (UNICAMP, 1983) e Doutora em História (UNICAMP, 1993); Professora aposentada do Departamento de Ciência Política da UFMG; Pós- graduada em “ Artes Plásticas e Contemporaneidade” pela Escola Guignard ( UEMG, 2009).

Acesse o primeiro debate reunindo a crítica e curadora Lisette Lagnado e Gastão Frota, artista visual e professor da UFU.  https://youtu.be/TK9_1X55l80.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.