Será lançado n0 sábado, 30 de novembro, às 10 horas da manhã, na sede da Academia Mineira de Letras (AML), à Rua da Bahia, 1466, o número 84 da Revista da instituição, fundada em 1922. O novo volume será distribuído gratuitamente aos presentes ao final da sessão,  que contará com a presença do presidente da AML, Jacyntho Lins Brandão; de seu presidente emérito, Rogério Faria Tavares, editor da publicação; da professora Ana Maria Clark Peres, organizadora do dossiê “Chico Buarque: oitenta anos”; da artista plástica, Niura Bellavinha, responsável pela capa, e de Leonardo Mordente, revisor técnico e preparador de originais.

Com entrada gratuita e acessibilidade em Libras, o evento acontece no âmbito do projeto “Academia Mineira de Letras – Manutenção e Funcionamento 2024- (CA 2018.13609.0261)”, incluído na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Esse projeto tem o patrocínio da Cemig – através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Além do formato impresso, a Revista ganhou, também, versão digital. Sua coleção completa está disponível, sem custos, no site da AML na internet, podendo ser consultada a qualquer hora, de qualquer lugar.

O número 84 conta com dois dossiês temáticos especiais. O primeiro, organizado por Rogério Faria Tavares, ganhou o nome de “Literatura e Cidade natal”, e explora as relações entre importantes escritores mineiros e os municípios em que nasceram. Composto por doze ensaios, retrata as relações entre Drummond e Itabira, Nava e Juiz de Fora, Helena Morley e Diamantina, Adélia Prado e Divinópolis, Darcy Ribeiro e Montes Claros, Dantas Mota e Aiuruoca, Lina Tâmega Peixoto e Cataguases, Belo Horizonte e Fernando Sabino, Belo Horizonte e Conceição Evaristo, Curvelo e Lúcio Cardoso, Barbacena e Maria Lacerda de Moura, e Carolina Maria de Jesus e Sacramento.

O segundo dossiê homenageia os oitenta anos de Chico Buarque de Holanda, e é composto por treze textos. Eles examinam a obra de Chico sobre diferentes pontos de vista, ampliando e diversificando ainda mais a já rica fortuna crítica existente sobre a sua produção. Entre os ensaios estão “Massarandupió. Entre avô e neto: uma infância resgatada”, de Adelia Bezerra de Meneses; “Nos meandros da necropolítica, um gozo em silêncio: leitura do conto ‘Meu tio’, de Chico Buarque” de Alexandre Faria;  “Chico aos olhos da irmã menor” , de Ana de Holanda  e “A preciosa obra de Chico Buarque para crianças (para crianças?!)” da acadêmica Antonieta Cunha.

A Revista traz ainda, no novo volume, as íntegras dos discursos de posse e de recepção a novos membros da Academia Mineira de Letras – Ricardo Aleixo, Carlos Herculano Lopes e Paulo Beirão -, bem como os textos de saudação do presidente Jacyntho Lins Brandão a cada um deles, além de também publicar o texto da conferência que a professora Ivete Walty proferiu na sessão da saudade em homenagem ao acadêmico Olavo Romano, falecido em novembro de 2023.

Para o editor da Revista, Rogério Faria Tavares, a publicação cumpre o importante papel de revelar, divulgar e celebrar a produção literária do estado, seus autores e seus críticos, incentivando a escrita de ensaios que reflitam sobre ela e apontem novas luzes sobre acervo tão rico: “A revista ainda cumpre um papel de resistência cultural. É uma das mais antigas do estado (e do país) até hoje em plena e vigorosa atividade. Já se tornou indispensável a todo mundo que se interesse pela história intelectual de Minas”, contextualiza.

Sobre Chico Buarque de Holanda, a professora Ana Maria Clark Peres comenta: “Compositor consagrado da MPB, autor de aproximadamente 500 canções, cantor com dezenas de álbuns gravados, dramaturgo, romancista, contista, novelista, autor de história infantil, cronista, roteirista cinematográfico, Chico Buarque pode ser considerado um artista multifacetado que, pelo conjunto de sua obra, foi agraciado em 2016 com o Prêmio Roger Caillois, concedido pelos franceses, como representante da América Latina, e em 2019 com o Prêmio Camões, que visa consagrar anualmente um autor de língua portuguesa”.

Chama a atenção o presidente da AML, Jacyntho Lins Brandão: “Este é um número especial por várias razões. Além das falas por ocasião das posses de Ricardo Aleixo, Carlos Herculano Lopes e Paulo Beirão, há dois convidativos dossiês. No primeiro, dedicado aos escritores e a suas cidades natais, são exploradas essas relações de raiz entre escrita e lugares concretos e reconfigurados em memórias, prosa e poesia. Já o segundo dossiê comemora os 80 anos de Chico Buarque de Holanda, tomando como tema aspectos variados de sua vida e de sua obra. Um convite à leitura!”

Cemig: a energia da cultura

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.

Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.

Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.