A série é uma parceria entre a AML e o Canal Vozes Diversas, da curadora Márcia Bonome, e propõe palestras com debates em torno da diversidade e da inclusão

No dia 3 de agosto, sábado, às 10h, a Academia Mineira de Letras inaugura a série de palestras Vozes Diversas, que irá propor debates em torno de temas como diversidade e inclusão. O projeto, em parceria com o Canal Vozes Diversas, estreia com a roda de conversa “Vozes diversas – Vamos falar sobre Diversidade de Gênero?”, com participação das convidadas Diego Bragà – compositora e artista trans não binária -, Andreia Zica – mãe pela diversidade e mestra em educação e inclusão social – e Éle Fernandes – atriz, escritora e diretora da Associação Arte Sapas. A mediação é da curadora Marcia Bonome, mulher PcD e mãe atípica.

Com entrada gratuita e interpretação em libras, a roda de conversa acontece no âmbito do projeto “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores.

“A proposta da Série Vozes Diversas é abrir um espaço para conhecer, reconhecer e celebrar a diversidade em todas as suas peculiaridades, buscando contribuir para uma maior conscientização de todos nós sobre as diferenças culturais, étnicas, sociais, de gênero, econômicas e de habilidades motoras, cognitivas, neuro divergentes, sob  perspectivas e experiências de pessoas “diversas” , contribuindo para ampliar repertórios e, consequentemente, o bem estar social”, comenta a curadora e mediadora Márcia Bonome.

Durante o evento, as convidadas e a mediadora propõem uma roda de conversa para trocar abertamente com o público. “Acreditamos que através de trocas saudáveis, gentis e amorosas como essa, poderemos somar para que pequenos/grandes grupos que sofrem com desrespeito, agressão, invisibilidade, falta de perspectiva de futuro e cancelamento, entre tantos outros motivos, possam se unir, se reconhecer e abrir espaços dentro de uma humanidade que construiu sociedades tão destrutivas para a própria humanidade”, comenta a curadora.

Segundo uma das convidadas, a compositora e artista mestiça trans não-binária, Diego Bragà, não há mais como não abordar esse assunto nos dias hoje. “A ideia da binariedade de gênero já foi implodida e o que se vê são ruínas que insistem em não cair. A importância já não é discutir nada, mas de conversar, esperar, elucidar e receber o mundo como tem se colocado, além das vigências coloniais e patriarcais (também em ruínas insistentes), como uma ideia desatualizada de uma Minas Gerais conservadora. Abrir a janela e perceber a “nova” natureza, o “novo” natural”, afirma.

Sobre as participantes:

Curadora Marcia Bonome – Astróloga, estudante de Psicopedagogia, mulher PcD e mãe atípica

Convidada  Diego Bragà – Compositora e artista mestiça e multidisciplinar Brasileira que se identifica como pessoa trans não-binária. E mantém seu nome de nascimento como prova de confiança em seus pais. Descendente de indígenas, africanas e europeias benzedeiras, tem como base de vida: trans-feminismo, decolonialidade, espiritualidade expandida, vegetarianismo, disciplina, o amor ao próximo, a ética e o desejo em construir coletivamente um futuro próspero e bonito pela frente.

Convidada Andrea Zica – mestra em educação e inclusão social, sócia fundadora e gestora da Casa Viva Educação e Cultura. Mãe pela diversidade.

Convidada Éle Fernandes – Atriz, escritora, autora do livro “Nina a pequena rã”, literatura infanto-juvenil. Atualmente é diretora da Associação Arte Sapas, negócio de impacto social que promove a geração de renda e desenvolvimento artístico/profissional de pessoas LGBTQIAP+. É atriz e produtora na Coletiva Fanchecléticas.

Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

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