No ano em que Agripa Vasconcelos completaria 120 anos, a Secretaria de Estado de Cultura, a Imprensa Oficial de Minas Gerais e a Academia Mineira de Letras realizam a palestra “Agripa Vasconcelos – do poeta ao romancista das Gerais”, que será ministrada pelo especialista das letras e professor Maurício Cesar Menon, doutor pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A homenagem é aberta ao público, no dia 7 de abril, às 19h30, no Auditório Vivaldi Moreira da AML.
O secretário de Estado de Cultura e sucessor de Vasconcelos na Academia Mineira de Letras – AML, Angelo Oswaldo, salienta a importância do autor para a literatura brasileira. “Sua obra se tornou uma referência cultural muito forte. É que as personagens mais fascinantes da história mineira renascem em suas páginas de modo ao mesmo tempo realista e fantástico”.
Mara Sylvia de Vasconcellos Mancini, neta de Agripa Vasconcelos, fala sobre a emoção para família em receber o reconhecimento. “É uma data muito importante para nós e é comovente receber o apoio da Academia Mineira de Letras, uma vez que meu avô é até hoje o mais jovem imortal a ingressar naquela Casa, com apenas 25 anos de idade. Estamos felizes por poder reavivar o nome dele no cenário brasileiro, já que trata-se de um ícone da literatura. Ele foi um dos grandes nomes do seu tempo.”
SERVIÇO
“Agripa Vasconcelos – do poeta ao romancista das Gerais”
Data: 07 de abril, quinta-feira.
Horário: 19h30
Local: Academia Mineira de Letras – Rua da Bahia, 1466 – Lourdes – BH/MG.
Entrada Gratuita.
Sobre o autor
Agripa Vasconcelos nasceu em Matozinhos, então município de Santa Luzia, em 12 de abril de 1896. Obteve o título de médico na Faculdade do Rio de Janeiro, em 1920. Uma década depois, publicou “De que morreu Aleijadinho”, um dos primeiros diagnósticos retrospectivos feitos no Brasil sobre o assunto. Com muita pesquisa e dedicação, escreveu Agripa “Sagas do País das Gerais”. A obra, composta de seis romances históricos, colocou-o entre os maiores escritores brasileiros.
A coleção consagrada é ilustrada pela artista plástica Yara Tupinambá e conta com os seguintes volumes: “Fome em Canaã: romance do Ciclo dos Latifúndios”, “Sinhá Braba: romance do Ciclo Agropecuário”, “Gongo-Sôco: romance do Ciclo do Ouro”, “Chico-Rei: romance do Ciclo da Escravidão”, “A Vida em Flor de D. Bêja: romance do Ciclo do Povoamento” e “Chica que Manda: romance do Ciclo dos Diamantes”.
As histórias e personagens de dois de seus livros foram enredo de telenovelas transmitidas pela TV Manchete na década de 1980 e 1990. Uma delas, Dona Beija (1986), foi baseada na obra ”A Vida em Flor de D. Bêja” e contou com Maitê Proença no papel principal. Já Xica da Silva (1996), um dos clássicos do gênero, foi inspirada no título “Chica que Manda” e foi protagonizada por Tais Araújo.
Agripa Vasconcelos contava em versos sobre sua terra natal ao evocar a fé, as lendas, o amor e o sofrimento do sertão mineiro. Além de assumir uma cadeira na Academia Mineira de Letras, o autor foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do Instituto Histórico de Ouro Preto e do Instituto Histórico e Geográfico de Pompéu/MG.