Rogério Faria Tavares, 4° sucessor da cadeira de número 08, é o novo Presidente da Academia Mineira de Letras para o biênio 2019-2021. Durante a cerimônia realizada nesta quinta-feira (16), na sede da AML, foram eleitos também Caio Boschi (vice-presidente), Jacyntho Lins Brandão (secretário geral) e Olavo Romano (tesoureiro), membros da chapa intitulada “Academia Mineira de Letras: 110 anos”. A posse está marcada para o dia 24 de junho.
“O compromisso de nossa equipe é fazer com que a Academia se abra cada vez mais para a cidade, realizando uma programação cultural gratuita e de qualidade, que interesse a todos. Também vamos terminar o processo de organização e tratamento técnico do acervo bibliográfico e documental da Instituição, que é precioso, de modo que ele seja aberto para consulta e acesso através de um robusto sistema de gestão, em pouco tempo. São dez coleções constituídas de livros, periódicos e obras de referência e documentos raros e inéditos, de grande valor. A Academia é um centro gerador e disseminador de cultura e educação e pode prestar um serviço muito importante nesse campo”, comenta Rogério Faria Tavares.
O Conselho Fiscal é composto por Antenor Pimenta, Patrus Ananias, Márcio Sampaio; no Conselho Editorial da Revista da AML estão Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Manoel Hygino dos Santos e Luís Giffoni; o Conselho de Acervo e Documentação, por sua vez, é integrado por Caio Boschi, Amílcar Martins Filho e Jacyntho Lins Brandão.
Sobre os membros da diretoria
Rogério Faria Tavares é mineiro de Belo Horizonte. Formou-se em Direito na UFMG e em Jornalismo na PUC Minas. É mestre em Direito Internacional pela UFMG e tem o diploma de estudos avançados em Direito Internacional e Relações Internacionais pela Universidade Autônoma de Madrid. É pós-graduado em Marketing pela Fundação Dom Cabral, onde também cursou o MBA Executivo.
É membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Pen Clube do Brasil. Também escreve crônicas semanais para o jornal “Diário do Comércio” e edita o site “Literatura na internet” (literaturanainternet.com.br).
Caio Boschi é licenciado em História pela UFMG e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Lecionou na Escola Estadual Governador Milton Campos (Colégio Estadual Central) antes de se tornar professor do Departamento de História da UFMG e da PUC Minas. Paralelamente, por quase 20 anos, foi professor convidado de História do Brasil na Universidade de Lisboa e na Universidade do Porto, em Portugal. Tem artigos publicados, principalmente sobre história e arquivos do Brasil e de Portugal e é autor de vários livros, como “Exercícios de pesquisa histórica”, que ganhou o Prêmio de História e Ciências Sociais, da Academia Brasileira de Letras, em 2012 e “Por que estudar História”, lançado em 2019.
Jacyntho Lins Brandão é professor emérito da Faculdade de Letras da UFMG. Doutor em Letras Clássicas pela USP, também é sócio-fundador e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos, ex-diretor da Faculdade de Letras da UFMG e ex-vice-reitor da mesma instituição. Escreveu diversos livros, entre eles, “A poética do hipocentauro: literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata” (2001), “A invenção do romance” (2005), “Luciano de Samósata: como se deve escrever a história” (2009), “Em nome da (in)diferença: o mito grego e os apologistas cristãos do segundo século” (2014) e “Antiga Musa: arqueologia da ficção” (2015).
Em 2018, foi um dos dez finalistas do Prêmio Jabuti, a mais tradicional premiação literária no Brasil, na categoria “Tradução”, pelo trabalho em “Ele que o abismo viu: Epopeia de Gilgámesh” (2017), quando verteu o famoso poema épico diretamente do acádio para a língua portuguesa.
Olavo Romano foi presidente da Academia até maio de 2016. Tem quase vinte livros publicados nos quais focaliza o jeito, a fala e a vida no interior mineiro. Oito deles são amplamente adotados em escolas de Minas e de outros estados.
Nascido em Morro do Ferro (distrito de Oliveira) em 1938, estudou Direito (PUC-MG), Administração (mestrado na FGV-RJ), Inglês (proficiência pela Universidade de Michigan) e Planejamento Educacional (Banco Mundial). Fez carreira no serviço público, aposentando-se como Procurador do Estado. Publicou seus casos mineiros e textos poéticos em jornais como O Estado de Minas e Jornal de Casa, nas revistas Globo Rural, Palavra, Cícero, IstoÉ, Veja e Mercado Comum. É sócio-fundador, com a inscrição de nº 2 do Sindicato de Escritores de Minas Gerais.
Seu conto “Como a gente negoceia” gerou o curta-metragem Negócio Fechado, premiado no festival de Gramado de 2001. O grupo “Carbono 14” filmou 30 histórias da obra de Romano para distribuição gratuita em bibliotecas, escolas e centros culturais. Na música, firmou ricas parcerias com músicos como Pereira da Viola, Chico Lobo, Lu e Celinha, apresentando-se em shows, harmonizando os contos de “causos” com as melodias das violas e flautas.