Ontem,

minha alma liberou meus lábios,

Entreguei meus soluços ao vento,

Minhas lágrimas à chuva.

Devolvi minhas mãos à terra

E meu perfume ao bosque.

Quando não tiver mais dádivas,

Partirei liberta e integral

Hoje,

com meus pés no chão,

percebi que

ainda estou aqui.

Até quando não sei.

Partir e chegar

é um eterno vir-a-ser,

circular.

 

 

Por Célia Laborne.
Leia mais em: http://poemasdecelia.blogspot.com.br