Encerramento da Oficina Literária Unimed

25 de outubro de 2018.

Meus cumprimentos a toldos vocês: participantes e coordenadores da Oficina Literária Unimed, que hoje recebem os seus certificados. Ao professor Ivan Capdeville, que tão bem conduziu esta turma, introduzindo-a ao reino das palavras, nosso aplauso pela missão cumprida.

O objetivo maior desta parceria da Academia Mineira de Letras com a Unimed representa a conquista de cidadania responsável e uma contribuição louvável para a aquisição da Cultura.

Uma Oficina Literária possui valor incomensurável pelo significado que tem de exercitar a expressão correta e idiomática, cultivar a divulgação das ideias, conquistar a comunicação entre atos e pessoas.

A Língua é a nossa Pátria, digna em seu exato e claro desempenho, interpretada pelo nosso trabalho literário e acadêmico, louvada em ação participativa.

As Academias de Letras serão anacrônicas, reuniões de literatos em desfile de apresentações, se não perseguirem a objetivação de um crescimento global produtivo, envolvendo as várias áreas do conhecimento e do florescimento do ser. Da criação, a partida é dada pela reflexão e pela visão crítica de um pensar mais profundo.

Uma academia repetitiva em suas reuniões apresentadas como mero desfilar de autores não encarna aquela totalidade de que nos fala Henry James ao definir o texto como “um ser vivo, contínuo e uno e como um corpo; seus elementos devem funcionar em integração.

O nosso trabalho representa o propósito que parte de um cotidiano e se transpõe pela palavra a patamar mais elevado, procurando reservar a memória histórica e perseguindo os valores constitutivos de modernidade, traduzida pelo exercício do social em prol dos ideais da comunidade em suas necessidades básicas e globais.

Temos o dever de plantar a semente da confiança no futuro brasileiro. É imperiosa a nossa contribuição, como artífices do fazer literário na divulgação de páginas de conteúdo formativo para que se ilumine a escuridão vivencial.

Tornamo-nos educadores.

Segundo Paulo Freire, a educação só pode ser encarada como um quê fazer humano, o que remete a uma ação humanística. Será cada vez mais libertadora esta ação quando o homem for visto como pessoa.

Depreende-se que os homens se educam a si, mediatizados pelo mundo, a partir de uma posição reflexiva crítica, tanto do educando quanto do educador, em consciente fazer humano.

Educação não se separa da Cultura, são interdependentes, na concepção de que educar é imprescindível aliada do desenvolvimento humanista.

O território acadêmico é constituído pelos postulados educacionais. É o que fazem as Academias de Letras ao posicionarem ensinamentos através de palestras, seminários, sessões literárias, cursos: disseminam Cultura.

A Palavra é o instrumental principal de um escritor, que a maneja na concretização de sua escrita.

Que a nossa Palavra esteja voltada para as exigências da matéria e do espírito, na acepção tomista de que o ser é composto de corpo e alma.

Nesta dicotomia, é preciso separar o joio do trigo visando ao crescimento do ser.