No dia 10 de dezembro, o escritor Wander Melo Miranda tomou posse como sexto sucessor da cadeira número sete da Academia Mineira de Letras. Antes ocupada por Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza, que faleceu em 22 de junho de 2019, a cadeira número sete foi fundada por Avelino Fóscolo, tendo como patrono Luís Cassiano e já foi ocupada por Eduardo Frieiro, Austen Amaro e João Bosco Murta Lages. O também acadêmico Caio Boschi foi o responsável pelo discurso de recepção.

Wander Melo Miranda é professor aposentado de Teoria da Literatura e Literatura Comparada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professor emérito da Faculdade de Letras da UFMG. Foi diretor da Editora UFMG (2000-2015) e também pesquisador 1A do CNPq, com pesquisa sobre Literatura e Biopolítica.

Foi professor visitante nos EUA, na Argentina, na Itália, no Uruguai e em diversas universidades brasileiras. Autor de “Os olhos de Diadorim e outros ensaios” (Cepe Editora, 2019); “Corpos escritos: Graciliano Ramos e Silviano Santiago” (Edusp, 1992; 2ª ed. 2009; trad. chilena: “Cuerpos escritos”. Santiago: Arcis, 2002), Graciliano Ramos (PubliFolha, 2004) e “Nações literárias” (Ateliê, 2010). Organizou o volume “Narrativas da Modernidade” (1991) e coorganizou “Crítica e coleção” (2011), entre outros. Traduziu “Noturno indiano”, de Antonio Tabucchi (1991; tradução revista, 2012), “Ângelo”, de Luchino Visconti (1993), “Antiafrodisíaco para o amor platônico”, Ippolito Nievo (2015) e “Bios, biopolítica e filosofia”, de Roberto Esposito.

Atualmente, trabalha na biografia de Graciliano Ramos para a Companhia das Letras e organizou, junto a Reinaldo Marques, toda a obra em prosa e verso de Henriqueta Lisboa,  para a editora Peirópolis, com publicação programada para 2020.