O primeiro encontro “Lacan na Academia – Conversando com a Literatura” do ano, programa da Academia Mineira de Letras em parceria com a Escola Brasileira de Psicanálise de Minas Gerais, apresenta a palestra “Medeia e o feminino infamiliar”. Esta edição traz a psicanalista Cristiane Barreto e a professora Tereza Virgínia Barbosa como convidadas. A palestra será transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da instituição, no dia 26 de agosto, às 20h, no link:

O evento acontece no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e cem médicos cooperados e colaboradores, e copatrocínio da CEMIG.

A partir da tragédia Medeia, de Eurípides, as palestrantes vão abordar o feminino no mundo antigo. “Observaremos o fato estranho de, no texto dramático euripidiano (que narra a história da neta do sol que, traída, mata seus filhos, para vingar-se do marido), não ocorrer a palavra ‘filhos’. Perguntamos: que estratagemas o dramaturgo emprega para construir o “infamiliar”?”, questiona Tereza Virgínia Barbosa. Em outros termos: que estratagemas destroem a ideia de feminino como algo “familiar” à raça humana?

“A mulher não existe”, frase de Jacques Lacan que até hoje provoca espanto, é certamente mais conhecida que a afirmação ainda mais surpreendente, de que Medeia seria a verdadeira mulher. Por que Medeia é uma das mulheres que Lacan declara ser “uma verdadeira mulher”? O que é possível ler em Eurípides do que não se inscreve? Qual aspecto Medeia pode emprestar à Psicanálise para pensar o feminino infamiliar?

Cristiane Barreto explica que Medeia não comete o ato terrificante e tresloucado apenas por ter sido traída no campo amoroso por Jasão. Tal traição é apenas ponta de lança de uma série significativa de atos e feitos que podem servir também à reflexão lacaniana do quão imprevisível e o quanto uma mulher estaria disposta a se sacrificar por um homem. “Quando se desfaz o que alojava o gozo feminino, sulcado em sua parceria com Jasão, irrompe indomável o que pode ser mortífero. O que de Medeia nos habita?”, completa a psicanalista.

O programa Lacan na Academia – Conversando com a Literatura propõe as interseções entre a literatura e a psicanálise e é realizado desde 2018, com diversos convidados.

 

Sobre as palestrantes:

Cristiane Barreto é Psicanalista, Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise. Especialista em Saúde Mental. Mestre em Psicanálise pela UFMG.

Tereza Virgínia Barbosa é professora Titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) e coordenadora do Grupo de Tradução de Teatro (GTT/CNPq). É também fundadora e integrante do Grupo de Tradução e Encenação de Teatro Antigo, Truπersa. Tem dezenas de publicações e traduções e é coautora das Hqs: “Odisseia de Homero em quadrinhos”, Peirópolis, 2013 e “Ilíada de Homero em quadrinhos”, RHJ, 2012.

 

SERVIÇO:

Palestra “Lacan na Academia – Conversando com a Literatura – Medeia e o feminino infamiliar” – com Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa e Cristiane Barreto

 Data: dia 26 de agosto, às 20h

Acesso: Youtube.com/c/AcademiaMineiraDeLetras

 

 

Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos visando ampliar o acesso à cultura, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Mais ainda, fomenta a geração de empregos e renda em nossa cidade, além de viabilizar projetos socioculturais para a comunidade. São iniciativas que fazem a diferença na vida das pessoas. Ao longo de sua história, o Instituto destinou R$120 milhões ao setor cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5.100 médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 850 mil pessoas foram alcançadas por meio de projetos de cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura e foram gerados 16 mil postos de trabalho.
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A preocupação da empresa em promover a socialização e a democratização do acesso aos bens culturais do estado se baseia principalmente no compromisso da Cemig com a transformação social e inclusão, uma oportunidade de dialogar e trazer melhorias para a comunidade.

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