Benito Barreto

Benito Barreto nasceu em 17 de abril de 1929, na cidade de Dores de Guanhães, nordeste e Minas Gerais. Em 1943, ingressa no Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato […]

Benito Barreto nasceu em 17 de abril de 1929, na cidade de Dores de Guanhães, nordeste e Minas Gerais. Em 1943, ingressa no Ginásio São Francisco, de Conceição do Mato Dentro, onde começa a escrever poesias.

Em 1945, muda-se para Belo Horizonte, para estudar no Colégio Estadual. Na cidade, começa a trabalhar como revisor na Folha de Minas e tem o primeiro contato com as obras e referências fundamentais do socialismo. Decide abandonar os estudos e o emprego para se dedicar ao Jornal do Povo e ao Partido Comunista Brasileiro.

Após conflitos e embates com opositores políticos e a polícia, Benito é enviado pelo Partido Comunista para a Bahia. Trabalha no jornal O Momento, em Salvador, e, depois de algum tempo, passa a atuar no interior do Estado, clandestinamente. Após quatro anos, uma pleurite faz com que Benito se afaste da linha de frente da militância para se tratar.

No início da década de 1950, Benito retorna a Belo Horizonte e trabalha em diversos jornais da Capital, como Correio do Dia, Correio da Tarde e Tribuna de Minas. Passa também a contribuir com o jornal de cultura Horizonte, onde publica suas primeiras crônicas.

Em 1954, Benito se casa com Iracema de Faria.

Dois anos depois, funda uma revista técnica voltada para a indústria da construção civil, Informador das Construções, da qual é diretor ainda hoje.

Ao completar 30 anos, Benito decide retomar os esforços no campo da literatura e começa a trabalhar em seu primeiro romance. Plataforma vazia foi lançado em 1962 e recebeu o prêmio Cidade de Belo Horizonte. Após a publicação, Benito ingressa no curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, que abandona, depois de dois anos, para se dedicar a seu segundo livro.

Capela dos Homens recebeu o premio Walmap e foi lançado em 1968. O livro retoma o personagem principal de Plataforma vazia e tem continuidade com Mutirão para matar (1974) e Cajata (1975), formando a tetralogia Os Guaianãs.

Em 1971, Benito monta uma gráfica e funda a Editora Casa de Minas, responsável pela produção de Informador das construções, do suplemento de arquitetura Vão livre, de livros – seus e de outros autores – e também de jornais e impressos diversos para terceiros.

Em 1978, lança Vagagem, em que mistura relatos de sua viagem pela Europa e pela União Soviética e casos de sua infância e adolescência.

Em 1980, a editora Progresso traduz para o russo e pública, na União Soviética, os livros Capela dos Homens e Cafaia, com tiragem de 100 mil exemplares. Em 1986, a tetralogia Os Guaianãs é reeditada pela editora gaúcha Mercado Aberto.

Em 1993, Benito lança A última barricada, coletânea de crônicas publicadas no jornal Estado de Minas e anotações inéditas, em que retoma personagens de Os Guaianãs.

Em 2000, publica Um caso de fidelidade, romance que retrata um conturbado caso de amor em meio à desilusão que se segue à derrocada do comunismo.

Benito começa, então, a se dedicar às pesquisas sobre a Inconfidência Mineira, para sua nova tetralogia, Saga do Caminho Novo, com leituras e viagens pelo interior do Estado. O primeiro volume, Os idos de maio, foi publicado em 2009 e seguido por Bardos e viúvas (2010), Toque de silêncio em Vila Rica (2011) e Despojos: a festa da morte na Corte (2012). A Saga recebeu, por três anos consecutivos (2010, 2011 e 2012), os prêmios de melhor romance histórico do ano, concedido pela União Brasileira de Escritores – seção Rio de Janeiro.

Atualmente, Benito vive e trabalha em Belo Horizonte.

Cadeira 02

Patrono
Arthur França (1881–1902)
Fundador
Aldo Delphino dos Santos Ferreira Lobo (1872–1945)
1º Sucessor
José Oswaldo de Araújo (1887–1975)
2º Sucessor
Oswaldo Soares da Cunha (1921–2013)
3º Sucessor
Benito Barreto (1929)